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S.O.S INTERDITOU RODOVIA ALERTANDO PARA OS DANOS AMBIENTAIS SOBRE O RIO JAURU

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O S.O.S Rio Jauru, Movimento de Defesa do Rio de mesmo nome interditou a MT 174, no sentido Pontes e Lacerda, logo após a ponte sobre o Rio Jauru, em Porto Esperidião-MT. 

O manifesto teve objetivo de chamar a atenção das autoridades para as condições de degradação que a natureza está enfrentando, neste período de seca, em virtude da baixa vazão do rio por causa da operação das PCHs instaladas nos municípios de Indiavaí, Araputanga e Figueirópolis d’ Oeste-MT.

De acordo com os organizadores do movimento, as PCHs fecham as comportas para represar água para gerar energia e o rio praticamente seca.

     O movimento popular S.O.S Rio Jauru, por seu representante, o advogado Dr. Paulo Rogério dos Santos Bachega, e entidades de Porto Esperidião assinaram, na manhã do dia 07 de outubro o manifesto endereçado ao Presidente da CPI das PCHs da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, pedindo que sejam analisadas as condições de degradação que a modalidade de operação das usinas instaladas estão impondo sobre a fauna e a flora do rio e, que sejam tomadas providências junto às PCHs  que seriam as responsáveis pelo atual quadro de degradação.

     Há cerca de um mês o Jornal Folha de Araputanga recebeu as primeiras informações sobre o “sobe e desce” do nível do rio Jauru. Os ribeirinhos e usuários do rio estão assustados e repudiam a atitude e afirmam: “Não adianta ter um rancho à beira do rio para pescar, porque o Jauru não tem mais peixes” reclamou um proprietário.

O Diretor da Colônia de Pescadores de Porto Esperidião, entidade que congrega mais de 30 pescadores profissionais denunciou que já houve a morte de milhares de peixes e que a régua que mede o nível do rio chega a ficar no seco quando as usinas cortam o fluxo de água para a produção de energia.

Há usuários do rio que afirmam que saem de barco e quando tentam voltar é impossível porque o nível do rio baixou tanto que motor e barco encalham sobre as pedras existentes no leito do rio.

Se fizeram presentes no manifesto, padres, ribeirinhos, vereadores, o prefeito de Porto Esperidião e a sociedade em geral estava representada em seus diversos segmentos. Houve, também, a participação de pessoas de Cáceres e outras localidades da região.

O relator da CPI das PCHs, na Assembléia Legislativa, deputado Dilmar Dal Bosco esteve entre os que fizeram uso da palavra. O deputado-relator afirmou que na próxima segunda-feira apresentará requerimento para realização de audiência pública em Porto Esperidião. Ele também declarou que designará equipe técnica da CPI para vistoriar os danos ambientais no rio Jauru.

Fotos da cobertura do evento podem ser vistas no link: http://www.folhadearaputanga.com.br/index.php?pg=evento&id=160

Por: Sebastião Amorim.